naquela parede
naquela parede tosca suja e velha
ao lado de onde passam
os comboios
do lado de cá passam
aos milhares pessoas
apressadas e ansiosas.
como uma tela
velha abandonada e gasta
de uma tristeza bela.
anónima e tremente
mão
escreveu nela
em má caligrafia
de letras maiúsculas
e redondas.
a preto escorrido
o ferrete
que marca
todos os corações
devastados:
“empresta-me um abraço”.
Jaime crespo
Sem comentários:
Enviar um comentário