Litterae et una vita et idem.

A Literatura e a Vida são unas!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

oscars 2012



Decorreu na última madrugada, em Los Angeles, a entrega dos Óscares 2012, edição que ficou marcada pela sempre habitual elegância e glamour das estrelas da sétima arte e pelos discursos breves e emocionados dos vencedores. And the Oscar goes to…




Melhor Filme:

“O Artista Português”. Lisboa, 2005. José Sócrates é uma das maiores estrelas da política mundana em ascensão, sendo engenhoso na arte de enganar o povo. Certo dia conhece Angela Merkel, uma jovem e ambiciosa alemã, por quem fica fascinado. Mas a chegada da ‘troika’ a Portugal, anos mais tarde, marca o fim da carreira de Sócrates e faz de Angela Merkel, em conjunto com o novato Passos Coelho, as novas estrelas da companhia. Sócrates parte para o exílio em Paris enquanto Passos Coelho desenvolve as suas competências de artista também na arte de enganar o povo português. Um filme memorável, emocionalmente tocante e que constitui um pequeno milagre de reinvenção da memória da ‘realpolitik’ portuguesa, onde nos é facilmente percepcionado que existe uma linha contínua entre aqueles que nos governam e têm governando… os verdadeiros artistas portugueses!

Melhor Realizador:
Cavaco Silva, com o filme ‘A Invenção de Hugo’. Hugo é aluno da Escola Artística António Arroio, em Lisboa, e inventa que o Presidente da República de Portugal cancelou a visita à sua escola porque teve medo da manifestação que os estudantes da referida escola prepararam para receber o Presidente. O Presidente, por seu lado, jura a pés juntos, que cancelou a visita à escola devido a um “impedimento”. O filme termina com alunos a confecionar um enorme pão-de-ló com ovos que eram para ser atirados ao Presidente e com este último a continuar a jurar que tudo não passa de uma invenção de Hugo.

Melhor Actor Principal:

Vítor Gaspar, em ‘As Serviçais’. Vítor Gaspar interpreta o papel de um Ministro das Finanças subserviente e serviçal perante o todo poderoso Wolfgang Schäuble, Ministro das Finanças Alemão. Neste filme, Vítor Gaspar veste uma farda de criada e cozinha e passa a ferro para Wolfgang Schäuble além de lhe lamber… perdão… engraxar as botas.

Melhor Actriz Principal:

Troika, em ‘O Panda do Kung Fu 2’. A personagem feminina Troika viaja até ao Tibete para aprender com o Panda do Kung Fu
os golpes mais terríveis e fatais, para depois aplicar esses golpes duríssimos aos portugueses e portugueses, pois enquanto existir um português de pé a Troika não desistirá de o empurrar para o abismo!

Melhor Argumento Original:

‘Meia-Noite em Paris’, escrito por José Sócrates. O cenário deste filme passa-se na Universidade de Paris-Sorbonne. O protagonista principal, um estudante de filosofia, faz as cadeiras por correspondência e termina o seu curso à meia-noite de um domingo.

Melhores Argumento Adaptado:
‘Extremamente Alto, Incrivelmente Perto’. Filme-documentário sobre a Grécia: custo de vida extremamente alto e fim da independência da nação incrivelmente perto, com a ‘troika’ a instalar-se em permanência em Atenas para ‘governar’ os gregos, para governar a Grécia, berço da nossa Civilização. Será que para o ano ha-verá uma sequela de ‘Extremamente Alto, Incrivelmente Perto’, mas desta vez sobre Portugal?

Melhor Banda Sonora:
‘Cavalo Manco’, em ‘War Horse’. O filme segue um jovem chamado Passos Coelho e o seu fiel cavalo Relvas sempre pronto a defendê-lo seja em que circunstância for. Aquilo que este cavalo mais detestava fazer era desfilar em paradas de Carnaval. Relvas está sempre pronto a dar um coice a quem se atreva a dizer mal do seu querido dono e líder.

Melhores Efeitos Especiais:
‘A Árvore da Vida’. O filme narra a história de uma jovem Ministra da Agricultura que tem em mãos um problema de seca severa para resolver num país à beira do precipício económico e social. A jovem Ministra resolve então deitar mãos à obra para resolver o problema da seca e o que faz ela? Vai até junto de uma árvore, a árvore da vida, e começa a rezar para que chova, a rezar com muita fé… E de um céu limpo, sem nuvens, começa a chover. Como é possível? Maravilhosos estes efeitos especiais…

Melhor Filme Estrangeiro:
‘In Darkness’, do realizador Pedro Passos Coelho. O filme segue a tragédia de um povo que vive nas trevas, sem esperança no futuro, onde o desemprego bate recorde atrás de recorde, onde os reality-shows são campeões de audiências e a cada dia que passa mais e mais jovens emigram em busca de melhores condições de vida. Aviso: Este filme não é aconselhável a pessoas mais sensíveis

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Urânio em Nisa, Não!

“Urânio em Nisa, Não!”, palavras de ordem gritadas nas manifestações realizadas no concelho em 2008, é o nome do documentário de Nobert Suchanek que será exibido em no Cine-Teatro de Nisa nos dias 12 e 13 de fevereiro, depois da estreia mundial que terá lugar no dia 9, em Lisboa, no âmbito do I Festival de Filmes sobre Energia Nuclear.
Filmado em 2008, aquando da jornada de protesto da população do concelho contra a possibilidade da exploração de urânio em Nisa, o documentário assume-se como uma “homenagem” à população, ambientalistas e associações que se manifestaram publicamente, pondo em evidência o que os autores consideram “um exemplo de resistência a uma ameaça à sustentabilidade local”, como se pode ler na sinopse, que lembra que Portugal foi um dos países onde começou a era atómica, já que foram as minas portuguesas que forneceram “a matéria prima para o Laboratório de Marie Curie, em Paris, e aos laboratórios criadores das bombas atómicas nos Estados Unidos e Inglaterra”.
A apresentação em Nisa acontece no dia 12 de fevereiro, às 16h, numa exibição aberta ao público em geral e que contará com a presença do coordenador da extensão portuguesa do I Festival de Filmes so-bre Energia Nuclear, António Eloy, bem como do realizador e da produtora do filme, Nobert Suchanek e Márcia Gomes de Oliveira, que são também os criadores e dinamizadores do festival original, que decor-reu no Rio de Janeiro, em maio de 2011.
Para além de “Urânio em Nisa, Não!”, que tem cerca de 20 minutos de duração, serão também exibidos em Nisa os documentários “Yellow Cake”, sobre o impacto das várias fases da produção de energia nuclear nos EUA no meio ambiente e na vida das populações, e “A Sede do Urânio por água”, que se debruça sobre a prospeção e exploração de urânio na Namíbia. No dia 13, às 15h, a sessão repete-se e será destinada aos alunos das escolas do concelho.
Antes de Nisa, estes documentários serão exibidos em Lisboa, a 9 de fevereiro, na Fábrica do Braço de Prata, fazendo parte da programação da extensão portuguesa do I Festival de Filmes sobre Energia Nuclear, cujo objetivo é a exibição de filmes centrados na temática da energia nuclear - desde a exploração de urânio, ao lixo nuclear e perigos da radioatividade -, procurando sensibilizar a população para os malefícios da extração do urânio e para as suas consequências a nível ambiental e da saúde.
Teresa Melato
[Publicado na edição de 27 de janeiro de 2012 do Jornal de Nisa (n.º 33, II Série)]

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

a arte do direto

eh pá! o d duarte tem toda a razão. em toda a parte há pessoas mal formadas, por exemplo, eu: